A Literatura é um instrumento de comunicação e de interação social, ela os conhecimentos e a cultura de um povo.
O texto literário se organiza em gêneros literários, que podem ser divididos em dois grupos: textos em verso, textos em prosa.
Os textos em verso são os poemas, aqueles que são formados por versos; os textos em prosa são aqueles construídos em linha reta, organizados em frases, parágrafos, capítulos, partes, etc.
Gênero Lírico
Seu nome vem de lira, instrumento musical que acompanhava os cantos dos gregos. Por muito tempo, até o final da Idade Média, as poesias eram cantadas; separando-se a texto do acompanhamento musical, a poesia passou a apresentar uma estrutura mais rica. A partir daí, a métrica (a medida de um verso é definida pelo número de sílabas poéticas), o ritmo das palavras, a divisão em estrofes, a rima, a combinação das palavras foram elementos cultivados com mais intensidades pelos poetas.
Mas, o que foi dito acima não significa que poesia, para ser poesia, precisa, necessariamente, apresentar uma, métrica, estrofe. A poesia do Modernismo, por exemplo, desprezou esses conceitos; é uma poesia que se caracteriza pelo verso livre (abandono da métrica), por estrofes irregulares e pelo verso branco, ou seja, o verso sem rima.
Uma poesia pode abrir mão de tudo, da rima, estrofe, métrica, menos do ritmo.
Quanto ao aspecto formal, dentre as poesias aquela que apresenta forma fixa, a que resistiu ao tempo, chegando até aos nossos dias, foi o soneto.
Quanto ao conteúdo, as poesias líricas se caracterizam pelo predomínio dos sentimentos, das emoções, o que as torna subjetivas. A maior parte das poesias pertencem a esse gênero, destacando-se:
- Ode e hino: os dois nomes vem da Grécia e significam 'canto'. Ode é uma poesia entusiástica, de exaltação. Hino é a poesia destinada a glorificar a pátria ou louvar divindades.
- Elegia: é uma poesia lírica que fala de acontecimentos tristes ou da morte de alguém.
- Idílio e écloga: ambas são poesias bucólicas, pastoris. A écloga difere do idílio por apresentar diálogo.
- Epitalâmio: poesia feita em homenagem as núpcias de alguém.
- Sátira: poesia que censura os defeitos humanos, mostrando o ridículo de determinada situação.
Gênero Dramático
Drama, em grego, significa 'ação'. Ao gênero dramático pertencem os textos, em poesia ou prosa, feitos para serem representados. Isso significa que entre autor e público desempenha papel fundamental o elenco que representa o texto.
O gênero dramático compreende as seguintes modalidades:
- Tragédia: é a representação de um fato trágico, suscetível de provocar compaixão e terror.
- Comédia: a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento comum, de riso fácil, em geral criticando os costumes. Sua origem grega está ligada as festas populares, celebrando a fecundidade da natureza.
- Tragicomédia: modalidade em que se misturam elementos trágicos e cômicos. Originalmente, significava a mistura do real com o imaginário.
- Farsa: pequena peça teatral, de caráter ridículo, que critica a sociedade e seus costumes; baseia-se no lema latino "Ridendo castigat mores" (Rindo, castigam-se os costumes).
Gênero Épico
A palavra epopeia vem do grego épos, "verso", + poieô, "faço", e se refere à narrativa, em forma de versos, de um fato grandioso e maravilhoso que interessa a um povo. E uma poesia objetiva, impessoal, cuja características maior e a presença de um narrador falando do passado (os verbos aparecem no pretérito). O tema é, normalmente, um episódio grandioso e heroico da história de um povo.
Gênero Narrativo
Como já afirmamos, o gênero narrativo é visto como uma variante do gênero épico, enquadrando, neste caso, as narrativas em prosa. Dependendo da estrutura, da forma e da extensão, as principais manifestações narrativas são o romance, a novela e o conto. Em qualquer das três modalidade acima, temos representações da vida comum, de um mundo mais individualizado e particularizado, ao contrato da universalidade das grandiosas narrativas épicas, marcadas pela representação de um mundo maravilhoso, povoado de heróis e deuses.
As narrativas em prosa, que conheceram um notável desenvolvimento desde o final do século XVII, são também comumente chamadas de narrativas de ficção.
- Romance: narração de um fato imaginário, mas verossímil, que representa quaisquer aspectos da vida familiar e social do homem. Comparado à novela, o romance apresenta um corte mais amplo da vida, com personagens e situações mais densas e complexas, com passagem mais lenta do tempo. Dependendo da importância dada ao personagem ou a ação ou, ainda, ao espaço, podemos ter romance de costumes, romances psicológico, romance policial, romance regionalista, romance de cavalaria, romance histórico, etc.
- Novela: na literatura em língua portuguesa, a principal distinção entre novela e romance é quantitativa: vale a extensão ou o número de páginas. Entretanto, podemos perceber características qualitativas: na novela, temos a valorização de um evento, um corte mais limitado da vida, a passagem do tempo é mais rápida e, o que é mais importante, na novela o narrador assume uma maior importância como contador de um fato passado.
- Conto: é a mais breve e simples narrativa, centrada em um episódio da vida. Na verdade, se comparado à novela e ao romance, a narrativa curta condensa e potencia no seu espaço todas as possibilidades da ficção.
- Fábula: narrativa inverossímil, com fundo didático, que tem como objetivo transmitir uma lição de moral. Normalmente a fábula trabalha com animais como personagens. Quando os animais são seres inanimados, objetos, a fábula recebe a denominação de apólogo.